quarta-feira, 29 de julho de 2009

PODRIDÃO NOSSA DE CADA DIA


Há por toda parte destruição e ódio.As pessoas destilam seus venenos,mergulhadas num imenso mar de lama e egoísmo. A vulgaridade assume ares de modismo. A crueldade campeia por todos os recantos. As instituições estão falidas.
A Justiça tornou-se capenga.A policia despótica e atroz. A classe política está emporcalhada.
A população teme tanto o marginal, quanto o policial. Violência, mortes, tiros, gritos e gemidos, já fazem parte do nosso cotidiano.
Os falsos vendedores da fé enganam os incautos fieis e enriquecem usando de ardis e vãs promessas.
A descrença do cidadão honrado no mundo atual é total.
Acreditar em quem?
Numa imprensa enrustida partidária e quase sempre venal que somente visa os seus lucros e os dos seus patrocinadores? Nas milhares de Ongs de fachadas que proliferam, sem nada fazer, nem tampouco temer?
Nos governantes santarrões que estão preocupados unicamente com seus familiares, amigos e correligionários?
O mundo tornou-se globalizado e imbecilizado.
Todos querem levar vantagens. Não importa os meios. O filho do artista medíocre já tem o seu lugar garantido no estrelato. O mesmo se aplica ao filho do político corrupto. Não importa o talento. O poder do dinheiro e do apadrinhamento sempre será muito eficaz...não importa o que digam.
Poucos estão de fato preocupados com as desigualdades sociais.Com o extremo estado de miséria em que muitos se encontram. Há um grande abismo entre as pessoas. O mundo todo sangra. Exala constante podridão. A Natureza é brutalmente agredida. Laços de amizade, de amor, de solidariedade inexistem
As palavras de ordem são: desfrutar e acumular bens. Dinheiro,possessões,sexo,bebidas,roupas de grife,drogas,alimentos, carros,aparelhos importados e mais uma infinidade de coisas inúteis, que compõem os seus sonhos dourados de consumo.
Não importa saber se alguém está passando fome, ou se atearam fogo num mendigo que dormia ao relento no meio da rua. Nem que a policia matou dezenas de seres inocentes., nem que pedófilos, marginais e outros animais desfilarão tranqüilos diante de nós, certos da bem-aventurada impunidade. Ninguém se acha responsável por nada. Todos são omissos em suas redomas de concreto armado. Não percebem que, embora os vagões sejam outros, estamos todos no mesmo trem
E que todos que buscam as grandezas materiais encontram apenas a pequenez moral.
Antevejo dias de grandes sofrimentos em que eles provarão do mesmo veneno.Não há como fugir. Cedo ou tarde serão fustigados, atormentados pela turba enfurecida, que eles subjugaram e tanto fizeram sofrer.
Que Deus tenha piedade de todos nós.
Tomara que eu esteja errado e o meu vaticínio... não se cumpra jamais.
Texto:Nelson Barh