quinta-feira, 12 de julho de 2012

Livre-arbítrio


Livre-arbítrio é um tema envolvente que tem sido debatido por muitos filósofos, religiosos, cientistas, etc.
O determinismo mecanicista afirma categoricamente que o Livre-arbítrio não existe, e, para tanto, afirma que quando alguém expressa uma vontade, ele o faz devido a uma série de fatores: formação educacional, caráter, influência social, etc.

Por outro lado, o incompatibilíssimo afirma que embora as causas passadas sejam necessárias, elas não determinam à vontade da pessoa, ou seja, o passado condiciona, mas não determina.
Vejamos, com base na primeira afirmação: se o Livre-arbítrio não existe, ninguém é responsável pelos seus atos.
Com base na segunda afirmação: se o Livre-arbítrio existe, então alguém mesmo sofrendo maus tratos, sem uma boa educação,etc  é responsável pelos seus atos.
Não concordo, nem com os incompatibilistas, nem totalmente com os deterministas. Perante a Justiça, todas as pessoas são responsáveis, excetuando os inimputáveis  (crianças, doentes mentais) em certos países. Afirmar que o livre-arbítrio existe ou que não existe é tratar o assunto de maneira vaga e muito simplista.
Seria um absurdo afirmar que todas as pessoas são influenciadas pelo meio em que vivem, ou ainda, pelo temperamento ou educação que possuem. Se assim fosse, todas as pessoas que têm uma boa formação familiar, um bom nível escolar, um bom caráter, uma determinada profissão, agiriam sempre do mesmo modo e as que não têm, agiriam sempre de modo diverso. 
Há pessoas que, mesmo não tendo recebido ensinamentos, mesmo não tendo uma formação adequada, mesmo exercendo profissão semelhante ou diversa, etc. são capazes de elaborarem seus juízos, conterem seus impulsos e tomarem decisões bem refletidas.O meio fornece apenas as ferramentas. 
Claro que os bons ensinamentos e o ambiente familiar são importantes e que algumas pessoas são de fato influenciadas. Mas não devemos nunca esquecer que cada pessoa é única e regida por uma força transcendental atuante, ou seja, não devemos esquecer que o nosso querer torna-se nulo ou quase diante do imponderável.  
Concluindo, algumas pessoas têm o livre-arbítrio para fazer as suas escolhas, outras não. É uma faculdade que se tem ou não, independente do temperamento e da formação de cada um.
“A sedutora beleza da vida consiste em conviver entre o bem e o mal e fazer as escolhas certas”.Nelson Barh