Mau-caratismo
Neste vasto mundo, de repente, nos deparamos com inúmeras
pessoas de má índole que praticam as piores infâmias; sempre em proveito
próprio ou de seus parentes e cúmplices.
Jamais se sentem culpadas nem se colocam no lugar das
suas inocentes e indefesas vítimas. Acreditam
que apenas elas são espertas e estão acima tanto do bem, quanto do mal. A
ambição desses predadores humanos não têm fronteiras!
O tempo todo eles jogam sujo. Não aceitam perder, querem
sempre ganhar; buscam satisfazer seus baixos instintos e, para tanto, pouco
importa que tenham que pisar na cabeça dos outros.
São pessoas frias, calculistas, gananciosas, ingratas,
egoístas e cruéis. Para elas não há empecilhos, elas podem tudo fazer. São
vorazes aves de rapina. São os chamados maus-caracteres.
Somente quando os maus-caracteres têm alguma dor de
barriga ou qualquer infortúnio é que se lembra dos outros.
Mentem, escamoteiam,
falsificam, surrupiam, sem nenhum resquício de compaixão. Cospem na ética, desafiam a justiça divina e social. Usam uma máscara
interposta e são bem piores do que aparentam ser. Utilizam todos seus dotes de
maneira torpe, sem escrúpulos, objetivando atingir aquilo que almejam conquistar.
Ficam horas arquitetando mil
armadilhas para envolver, confundir, ludibriar e então, quando conseguem seus
intentos, sentem um prazer mórbido de plena realização pessoal.
Esses aproveitadores
proliferam feitos moscas, estão espalhados por todos os lugares, por todas as
profissões, por todas as classes sociais.
Todavia, será que há algo
que possamos fazer? Talvez criarmos
novos mecanismos para que essa corja enverede por outros caminhos. Podemos ainda
buscar ajuda espiritual, um tratamento psicológico, aprimorar nossa frágil
educação; recorrer às doutrinas filosóficas, recriar novos mandamentos...Infelizmente, por mais boa
vontade que tenhamos, não creio que há algo que se possa fazer.
Eles
nasceram para serem abutres e morrerão como verdadeiros abutres que são.
Texto: Nelson Barh.Texto:Nelson Barh