sábado, 10 de julho de 2010

Raça humana

Às vezes, ficamos impactados diante dos acontecimentos sórdidos, parece que todo o nosso longo aprendizado, nossas experiências foram em vão
Ficamos aturdidos, mergulhados em pensamentos e, então, saboreamos o gosto amargo de pertencer à cruel raça humana.
Quando contemplamos o rosto de uma criança, na sua mais tenra idade, seu olhar angelical, sem malícias, sem rancores; seu belo sorriso nos parece tão natural, meigo e encantador.
Seus pais celebram seus feitos, por mais insignificantes que eles sejam, acreditam que aquele pequeno Ser terá um futuro promissor e, para tanto, não pouparão esforços: eles vão amá-lo educá-lo, prepará-lo, protegê-lo contra os males e, por certo, seu futuro será bem melhor que o deles!!!
E, todos nós, também torcemos por aquela nova vida,que ora desabrocha. Sonhamos acordados que aquela doce criaturinha, tão frágil e dependente, transformar-se-á num adulto forte, digno, justo, leal carinhoso, prudente, honesto e benevolente.
Algumas vezes, com o passar dos anos,tanto os seus pais, assim como nós, constatamos entristecidos, que os nossos desvelos de pouco ou de nada valeram
A criança se fez adulto e, ao que parece, uma força diabólica está entranhada na sua índole, no seu corpo, na sua alma.
Agora estamos diante de um indivíduo torpe, de uma besta-fera repugnante, calculista, egoísta, sem princípios, sem valores e sem nenhum traço de bondade no coração.
Imediatamente, atribuímos culpa à sociedade, às más companhias e a nós mesmos. Onde será que erramos?!.
Mas, não vos amofinais!! Todos, talvez, tenhamos uma parcela de culpa.. Todavia, o maior culpado, não é outro, senão dele próprio.
Por ter sido fraco, por escolher o caminho errado e, aparentemente, mais fácil; por não ter discernimento, coragem, equilíbrio nem tampouco amor-próprio.
No imenso jardim ele decidiu-se por ser erva daninha e, com certeza, pagará pela escolha feita.Ele construiu, bem ou mal, sua própria trilha.
Não temos que chorar nem nos arrepender de nada, devemos apenas lamentar sua triste e tão sombria desdita..
Nelson Barh